Brasil e Índia ampliam parceria: comércio, energia e inovação bilateral ganham novo impulso

Vice-presidente Geraldo Alckmin e autoridades indianas em missão comercial; exportação de petróleo brasileiro; expansão de acordos bilaterais.

Oportunidades para indústria nacional 2025.

 

 

Em missão diplomática de grande impacto realizada em Nova Delhi, liderada pelo vice-presidente

Geraldo Alckmin e por autoridades do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC),

o Brasil anuncia um conjunto de iniciativas que devem redefinir as relações bilaterais com a Índia, especialmente na área de comércio exterior, energia e integração industrial.

O destaque maior vai para a ampliação substancial do acordo de preferências tarifárias entre os dois países,

o lançamento de um visto eletrônico especial para negócios e o anúncio do fornecimento de milhões de barris de petróleo brasileiro à Índia.

O contexto dessas ações é o crescimento acelerado do intercâmbio comercial entre Brasil e Índia.

 

O volume de negócios, que no ano anterior foi de US$ 12 bilhões, deve atingir US$ 15 bilhões em 2025, e há projeção de alcançar rapidamente

a marca de US$ 20 bilhões nos próximos anos.

O vice-presidente Alckmin enfatizou a velocidade deste crescimento, destacando que as exportações indianas para o Brasil cresceram mais de

30% em apenas um ano, o que deve abrir precedentes para que produtos brasileiros recebam tratamento tarifário preferencialmente favorável no futuro acordo ampliado.

 

A pauta central das reuniões bilaterais, nas quais participou também o ministro de Comércio e Indústria da Índia, Piyush Goyal, foi a expansão

do acordo de preferências tarifárias Mercosul-Índia.

 

Esse entendimento, que hoje abrange cerca de 450 linhas tarifárias, deve contemplar ainda mais categorias de produtos, permitindo que desde

empresas de tecnologia, alimentação, passando por fabricantes de equipamentos industriais até prestadores de serviços e consultoria possam

negociar com menos tributos e barreiras.

 

Segundo Alckmin, esse novo patamar tarifário é uma resposta prática à demanda de empresários brasileiros

interessados em diversificar mercados de exportação para a Ásia e ter mais competitividade diante de demais players internacionais.

 

“O comércio entre Brasil e Índia está crescendo.
O ano passado foi 12 bilhões de dólares.
Este ano pode chegar a 15 bilhões de dólares.
A exportação da Índia para o Brasil cresce mais de 30% este ano
e poderemos rapidamente chegar a 20 bilhões de dólares”

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro
do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

 

A meta é aprofundar, ampliar essas linhas, dar preferência nas vendas e facilitar ainda mais a vida de quem deseja

exportar para a Índia”, afirmou o vice-presidente, destacando a perspectiva de um ambiente de negócios mais dinâmico e inovador.

 

Outro ponto inovador anunciado foi a implantação do visto eletrônico para negócios. Agora, empresários,

engenheiros, técnicos, consultores brasileiros e representantes de startups terão menos burocracia para ingressar

na Índia a trabalho, com o processo digital ocorrendo pela embaixada em Nova Delhi e no consulado de Mumbai.

 

Isso deve facilitar não apenas missões comerciais e visitas técnicas, mas também abrir espaço para joint ventures,

acordos de transferência de tecnologia e parcerias em áreas diversas, como automação industrial,

saúde e energias renováveis.

 

No setor energético, as novidades são igualmente significativas.

A Petrobras assinou um contrato para fornecimento de 6 milhões de barris de petróleo para a Índia, consolidando

o país como parceiro estratégico no cenário energético internacional. Além disso, foi anunciada a abertura de

18 blocos offshore para exploração de petróleo nas Bacias de Santos e Campos, estimulando a atração de investimentos

estrangeiros, inovação em processos e oportunidades para fornecedores nacionais em áreas como manutenção e logística.

 

A missão oficial incluiu também iniciativas na área da saúde, como acordos para produção de vacinas e intensificação

da parceria farmacêutica, setores em que tanto Brasil quanto Índia têm projeção global.

 

O ministro da Saúde brasileiro, Alexandre Padilha, esteve em Nova Delhi para reforçar laços e incentivar a pesquisa e a

transferência de tecnologia.

 

Esses anúncios traduzem um esforço claro do governo federal para aumentar a competitividade da indústria nacional,

destravar gargalos logísticos e garantir às empresas brasileiras um papel relevante nos mercados internacionais.

 

Empresários de diferentes setores já sinalizam otimismo e preparam movimentos para aproveitar a abertura comercial,

expansão do acordo tarifário e novas possibilidades na Ásia.

FONTE: gov.br

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