OTC Brasil 2025: três dias de inovação e transição energética

A OTC Brasil 2025 foi realizada no Rio de Janeiro entre 28 e 30 de outubro de 2025, no ExpoRio Cidade Nova, reunindo profissionais, empresas e instituições do ecossistema de óleo, gás e energia.

Ao longo de três dias, a conferência e a exposição apresentaram debates técnicos, painéis e conteúdos institucionais que destacaram tendências para a evolução tecnológica do setor, o aumento da confiabilidade operacional e os desdobramentos da transição energética.

A organização da edição ficou a cargo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) em parceria com a Offshore Technology Conference (OTC), reforçando a presença do Brasil no circuito de eventos internacionais dedicados ao ambiente offshore.

A programação contemplou conferências no período diurno e exposição aberta ao público profissional, conforme orientações publicadas nos canais oficiais.

A agenda combinou sessões de alto nível, apresentações técnicas e conteúdos institucionais que dialogam com os principais desafios da indústria: competitividade, eficiência de supply chain, padronização, qualificação técnica, conformidade regulatória e inovação aplicada à operação. A presença de organismos reguladores e entidades de referência também marcou a edição, com conteúdos que auxiliaram o público a compreender tendências regulatórias e iniciativas de fomento à inovação.

Dia 1: Abertura e diretrizes estratégicas

O primeiro dia estabeleceu o tom da semana, destacando o papel do Brasil na atração de investimentos e na condução de projetos de exploração e produção.

As discussões enfatizaram a digitalização de operações, o uso de dados e P&D para ganho de confiabilidade e a necessidade de documentação técnica consistente para sustentar auditorias, certificações e inspeções.

Nos canais oficiais, a transição energética apareceu como eixo transversal, com enfoque em soluções tecnológicas, eficiência e integração de cadeias produtivas.

Na área de exposição, o público encontrou fornecedores e instituições com portfólios alinhados à realidade do campo, do topside ao subsea, reforçando a conexão entre desenvolvimento tecnológico e requisitos operacionais.

Dia 2: Integridade de ativos, confiabilidade e governança

O segundo dia reuniu sessões técnicas e conteúdos institucionais com ênfase em integridade de ativos e confiabilidade, incluindo abordagens de manutenção, planejamento de paradas e organização documental.

A agenda pública da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou participação em atividades da conferência e no estande da agência, destacando temas de regulação, inovação e boas práticas.

Esses conteúdos reforçaram a importância de padrões técnicos claros, alinhamento com normas e fortalecimento de processos de governança ao longo do ciclo de vida dos ativos offshore.

Dia 3: Inovação aplicada e transição energética

O terceiro dia manteve o foco em P&D e inovação orientados a resultados práticos, com aplicações voltadas ao curto e médio prazo.

As discussões apresentadas nos canais institucionais do evento reforçaram o protagonismo de iniciativas de transição energética, incluindo métricas e diretrizes que ajudam empresas e profissionais a estruturar portfólios e roadmaps tecnológicos.

Ao reunir conferências e exposição, a OTC Brasil 2025 evidenciou a interdependência entre desenvolvimento técnico, confiabilidade, gestão de riscos e conformidade regulatória, indicando caminhos para ganhos de produtividade e competitividade.

Principais aprendizados para o pós-evento

Entre os aprendizados que emergiram da programação oficial, destacam-se:

  • a consolidação do uso de dados e da digitalização como instrumentos para priorizar intervenções e otimizar recursos em campo;

  • a necessidade de padronização e rastreabilidade para reduzir retrabalho e acelerar processos de inspeção e aprovação;

  • o avanço das práticas de governança e conformidade, com documentação técnica fortalecida;

  • a importância de inovação colaborativa, conectando indústria, reguladores, academia e fornecedores para encurtar o caminho entre a pesquisa e a aplicação no ambiente offshore